“O mundo gira cada vez mais veloz”, é o que canta Lenine. Mas, mesmo com toda agitação, estamos sempre com o celular na mão nas horas vagas, certo? Vemos um post aqui, outro ali nas redes sociais e vários vídeos, além de textos, curtos. Pensando nisso, vamos te mostrar o que é o microlearning e sua inserção no EAD.

Este tempo pode ser usado de forma mais proveitosa. Já há quem faça isso, aproveita o caminho do trabalho para escutar um bom podcast, assistir palestras e até cursos. 

Foi ao analisar esse comportamento que surgiu o microlearning, um conceito que anda lado a lado com o mobile learning. Ou seja, aprendizado por meio do celular ou tablet. 

Microlearning: o que é? 

Em resumo e, na prática, o microlearning consiste em dividir as informações em pílulas. Pode ser por meio de videoaulas menores, podcasts curtos, jogos rápidos, textos e muito mais. A estratégia de aprendizado é produtiva. Isso porque a mente não fica sobrecarregada. 

Segundo Carla Tieppo, professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o ser humano dispersa após 60 minutos no máximo. De acordo com pesquisas recentes, o tempo pode ser mais restrito ainda, 8 minutos, como a revista Exame publicou

O microlearning ainda inclui uma série de estímulos diferentes para melhorar o tempo de atenção do aluno. Imagens, sons, texto escrito, áudio, vídeo e gamificação, normalmente, tudo pode ser usado no microlearning. A diversidade de recursos tem dupla função. 

Primeiramente, cada pessoa responde melhor a um tipo de estímulo. Em segundo lugar, quando o recurso é trocado, o cérebro fica mais alerta, o que faz o aluno renovar a capacidade de se concentrar no conteúdo. 

Outra característica muito favorável do microlearning é expor um ponto por vez. A mente humana retém melhor o conteúdo quando lida com uma questão por vez. Mas o professor pode indicar materiais complementares para a turma ao deixar links e bibliografia recomendada. 

Google, TED e muitos outros aplicam microlearning 

O TED, formato de palestra muito famoso, usa microlearning com muito sucesso. As palestras duram no máximo 18 minutos. E note que o ponto central da fala do palestrante é apenas uma. Eles também usam storytelling na estratégia, mas esse é um assunto para um artigo futuro. 

O Google também utiliza muito o microlearning. A empresa tem um aplicativo, o Prime, que trabalha com lições curtas. São focadas na prática e há um cronograma que estimula o estudo diariamente. 

O método japonês Kumon, embora use recursos como papel, lápis e borracha, também aposta no microlearning, pois a ideia é que o aluno estude um pouco por dia, constantemente, para uma evolução contínua. O estudante é exposto a uma parte da matéria por vez e só passa adiante depois que consolida o aprendizado. Enquanto o aluno não atinge uma determinada nota, ele não prossegue nos estudos. Ou seja, é tratada uma questão por vez, em pílulas, com um pouco de empenho diariamente. 

Vantagens do microlearning para quem tem curso EAD: mais facilidade de produção

O produtor de cursos on-line pode se beneficiar muito do microlearning. Além de ser muito atrativo para os alunos, o formato é mais simples. Exige, obviamente, um poder de síntese e maior volume, pois o conhecimento será fracionado em pílulas. No entanto, é mais rápido de fazer. 

Para quem grava aulas no EAD, o microlearning também é favorável. Isso porque a curta duração de cada conteúdo permite pausas para recarregar as energias. 

Quando aplicar o microlearning 

A estratégia é indicada quando o público do seu curso tem características que vão de encontro ao microlearning. Trabalhadores com o dia a dia agitado, adolescentes e crianças que, devido ao perfil da geração, têm uma tendência maior à dispersão. 

Treinamentos empresariais on-line 

Os cursos corporativos são necessários para desenvolver habilidades e técnicas da equipe. No entanto, tirar todo time da empresa, muitas vezes, é inviável. Escolher alguns para participarem de um evento também é complicado. Em alguns casos, a estratégia de ter multiplicadores do conhecimento na empresa perde-se em meio às tarefas no dia a dia.  

Oferecer o treinamento on-line é a melhor forma de democratizar o acesso ao conteúdo. Optar pelo microlearning torna o estudo mais efetivo por ser mais rápido. A maioria das empresas tem um calendário de distribuição das aulas e trabalham com e-mail marketing em conjunto, além de outros estímulos.   

Cursos livres com microlearning  

Informações diretas e conectadas à prática. É isso que a maioria dos alunos de cursos livres on-line buscam. Esse tipo de qualificação normalmente é procurada para aprender algo rapidamente. Assim, aulas e outros conteúdos mais rápidos são muito bem vistos pelos alunos. 

Bônus na graduação com microlearning no EAD 

As universidades ainda precisam seguir uma série de regras dos órgãos competentes. Mas nada impede que a instituição vá além. A grande queixa dos alunos é não enxergar a praticidade do que é ensinado nas faculdades. 

Que tal ter uma estratégia de microlearning com esse foco? Profissionais do mercado podem ministrar essas mini-aulas para os discentes, o que será visto como um conteúdo de muito valor pelo aluno. 

Preciso ter um aplicativo para usar o microlearning no EAD?

O mais indicado é que você tenha um aplicativo para seu curso, graduação ou treinamento EAD sim. Os conteúdos rápidos são muito bem-vindos nos celulares. No entanto, você pode começar a aplicar as diretrizes do microlearning mesmo se não tiver um app ainda. Para isso, distribua o conteúdo em pílulas seja em videoaulas, texto, podcast ou qualquer outro formato. 

Mas, se vai começar a investir agora em cursos EAD, procure por plataformas que já ofereçam o app incluso. Além de favorecer o microlearning, a aplicativo propicia uma melhor experiência de acesso ao curso pelo celular. Lembre-se que a tendência é um comportamento cada vez mais mobile (acesso pelo telefone ou tablet) do usuário. 

O microlearning também pode ser aplicado ao seu conteúdo gratuito do YouTube, Instagram, Facebook e outras redes sociais. Essa estratégia, em parte, surgiu devido ao comportamento nessas plataformas, que tende a ser pulverizado. 

Se você ainda não usa o microlearning, analise o seu público e veja se a estratégia pode render bons.