As lives não são necessariamente uma novidade. Há tempos, há pesquisas que mostram o quanto elas têm desempenho superior aos outros tipos de conteúdo em vídeo. Segundo a Forrester e IBM, a audiência dos streamings em tempo real é 20 vezes maior do que de vídeos gravados. Durante a quarentena, o formato ganhou um destaque ainda maior. De acordo com o YouTube, as buscas por vídeo ao vivo subiram 4900% durante a quarentena só na plataforma. Vamos te explicar um pouco de como as lives podem acionar os seus gatilhos mentais.
Nós, do Neomarketing, estudamos muito as lives para entender porque esse formato faz tanto sucesso.
Identificamos várias técnicas de neuromarketing aplicadas aos vídeos que possibilitam acionar os gatilhos mentais durante lives. É possível que muitos não saibam que fazem isso, principalmente os artistas que têm usado o live streaming com mais frequência durante a pandemia.
Fato é que as lives favorecem, naturalmente, o uso de um recurso muito potente.
Gatilhos mentais: como são acionados nas lives?
Gatilhos mentais são formas de comunicar que aceleram a tomada de decisão ou engajam o público. Eles acionam conexões inconscientes da mente. Por isso, são vistos como atalhos para conquistar público, o cliente ou conseguir qualquer outra conversão.
Ao contrário do que se imagina, a maior parte das decisões são tomadas sem que nos demos conta, por isso os gatilhos mentais funcionam tanto.
Nas lives, temos pelo menos 7 gatilhos mentais que são intrínsecos ao formato ou que podem ser facilmente usados.
Como os gatilhos mentais de pertencimento estão presentes nas lives
Principalmente nas lives musicais, é muito fácil identificar o gatilho do pertencimento. As pessoas estarem assistindo ao show no mesmo horário já gera a sensação de pertencer a algo. Quando os comentários das redes sociais são expostos publicamente, o artista também aciona o gatilho de pertencimento.
As possibilidades de interação no chat (disponível em qualquer rede social) e enquetes (que plataformas avançadas de streaming têm) também contribuem para acionar esse gatilho.
O pertencimento não é exclusivo de artistas. Marcas que trabalham a construção de comunidades também conseguem este efeito. Inclusive, várias marcas têm defendido causas e promovido eventos on-line com amplo engajamento do público.
O motivo é simples: as pessoas sentem-se pertencentes a uma comunidade quando veem as causas que defendem como bandeiras de grandes marcas.
A Puma, ao promover evento com transmissão simultânea em redes sociais, o TamoJunta, sobre feminismo, bateu recorde de audiência nas redes sociais.
Urgência
O gatilho de urgência pode ser trabalhado de duas maneiras nas lives. Pode-se dizer que a transmissão ao vivo não ficará disponível depois. É por isso que muita gente divulga webinars, shows e outros eventos on-line dessa forma. Muitos acabam disponibilizando depois, mas anunciam como algo que tem período de expiração para acionarem o gatilho de urgência.
Outra forma de usar esse gatilho é fazendo uma oferta que tem duração limitada. No lançamento de um curso que não funciona com carrinho perpétuo (vendas sempre abertas), por exemplo, você pode lançar mão do gatilho de urgência.
Gatilhos mentais da autoridade nas lives
O gatilho da autoridade consiste em trazer a voz de quem é referência no tema da live para a transmissão ao vivo. Você pode tanto convidar um especialista quanto usar dados de fontes respeitadas para sustentar uma argumentação. Fica mais claro o uso do gatilho da autoridade quando falamos sobre assuntos que tem a ver com conhecimento. Por exemplo, o Dráuzio Varela falar sobre saúde trará muito mais credibilidade para sua empresa do que se um funcionário seu discutir o assunto.
Mas você pode discutir os temas da sua área para mostrar que domina a área. Além de trazer informações técnicas, mostre o que aprendeu com a experiência. Ao traduzir para leigos dados do seu setor, a audiência entende melhor seus serviços e confia mais em você, inclusive para adquirir algo que demanda investimento.
De maneira menos evidente, os artistas também acionam o gatilho da autoridade. Quando Gusttavo Lima anuncia uma live, as pessoas dão crédito por ele ser referência no segmento em que atua, o sertanejo universitário.
Humanização
O Journal of Advertising Research (JAR) publicou uma pesquisa em que mostrava como anúncios com rostos humanos prendiam mais a atenção do que quando não havia uma pessoa na publicidade. Expor apenas partes da face também surtiram efeito superior em comparação a peças que mostravam apenas produtos.
Nas lives, o foco visual são pessoas. Em alguns casos, há inserção de gráficos e outras imagens de apoio. Porém, os rostos humanos sempre estão em evidência. Além disso, as pessoas aparecem de forma mais descontraída, estão sujeitas aos imprevistos do ao vivo.
Quando acontece, o público, normalmente reage de forma positiva, pois é um traço de humanização. Afinal, existe algo mais humano do que errar? Isso funciona porque o internauta se reconhece como igual perante a quem aparece na live. A “imperfeição” é bem-vinda, aproxima o apresentador dos espectadores.
Reciprocidade
Este gatilho tem muita relação com a cultura, ao que aprendemos enquanto sociedade. Fomos ensinados a sermos gratos, a retribuir o que recebemos. Dessa forma, quando alguém faz um favor, dá um presente, te oferece algo gratuitamente ou até que requer investimento, mas que compensou muito, você, naturalmente, tende a retribuir.
Uma live, gratuita ou com inscrição paga, desperta o gatilho da reciprocidade muito bem. Com a transmissão ao vivo aberta, sem cobrança, o participante fica grato pelo conteúdo ou entretenimento e tende a retribuir: seja com um compartilhamento, comentário, indicação para um amigo, colega ou até com uma venda.
O gatilho porque no streaming ao vivo, músicos usam sempre
As pessoas ficam mais propensas a realizarem uma ação quando sabem a motivação do negócio. Vale para uma compra, doação ou interação. Os artistas brasileiros usaram muito esse gatilho ao atrelarem causas às lives. Negócios associam tanto os porquês dos produtos quanto o propósito da empresa ou campanha específica.
Você pode falar sobre o que o motivou a fazer a live, as razões de ter criado um produto ou apoiar uma causa para acionar esse gatilho. Assim, tende a sensibilizar as pessoas a engajarem em sua transmissão e, consequentemente, realizarem conversões.
Preparado para aderir a tendência do live streaming para não sair da mente do seu público? Há cursos gratuitos que podem ajudá-lo como os da JMV Stream, comece por eles. Bons estudos!